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Quem Somos

A Sociedade Portuguesa de Psicoterapia Centrada no Cliente e Abordagem Centrada na Pessoa (SPPCCACP) foi fundada em 1989, tendo como objectivos a divulgação, formação e investigação na área especializada da Psicoterapia Centrada no Cliente e no modelo genérico da Abordagem Centrada na Pessoa.

Desde a sua constituição, tem vindo a desenvolver acções regulares destinadas à divulgação do modelo da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), através de workshops, constituídos por Grupos de Encontro abertos à comunidade em geral, bem como diversos cursos de formação destinados a profissionais de psicologia e de Medicina, que pretendam adquirir competências ao nível da prática psicoterapêutica segundo este modelo.

Para além disso, a Sociedade tem desenvolvido e impulsionado investigação neste domínio, cujos resultados têm sido divulgados em encontros internacionais e em vários artigos publicados em revistas (nacionais e estrangeiras) e em vários livros e capítulos de livros.

Com o recente Protocolo com a Ordem dos Psicólogos Portugueses, a Sociedade mantém o seu programa de formação em psicoterapia em funcionamento contínuo, o qual habilita à competência de psicoterapeuta centrado no cliente.

O modelo que seguimos

Partindo de uma primeira designação de “terapia não directiva”, a qual reflectia a ênfase na não directividade, relativamente às tomadas de decisão por parte do cliente, evoluiu para uma mais actual e consonante com o trabalho psicoterapêutico. Essa designação é “psicoterapia centrada no cliente”, enfatizando que o processo terapêutico se centra na experiência do cliente.

Posteriormente, com a extensão deste modelo a outras áreas, que não apenas a psicoterapia (como a educação e as organizações), foi adoptada uma outra designação: “abordagem centrada na pessoa”. Entende-se, na nossa sociedade, que esta designação deve ser utilizada para as situações não clínicas e reservar a designação “psicoterapia centrada no cliente” para as situações que caiam estritamente no âmbito da psicoterapia.


A hipótese básica deste modelo é a seguinte: potencialmente, a pessoa que melhor pode compreender e mudar o cliente é ele próprio. A tarefa do terapeuta é a criação das condições nas quais o cliente se sinta suficientemente livre e suficientemente forte para o fazer.

Um outro aspecto importante deste modelo relacionado com a centragem na “realidade” do cliente reside no facto de, na maior parte dos casos, não haver outra maneira de a terapia avançar com sucesso. 


Outra condição terapêutica, extremamente importante, é aquela que sustenta que o terapeuta não orienta o cliente segundo os seus (do terapeuta) “quadros de referência psicológicos”. Isto significa que o terapeuta tem de estar consciente dos seus “quadros de referência” e do modo como ele os enquadra na terapia. Esta condição constitui um caso especial de congruência do terapeuta em relação ao cliente.


Na verdade, existem duas formas de incongruência: (1) a incongruência entre os sentimentos do terapeuta e a sua consciência desses mesmos sentimentos; (2) a incongruência entre a consciência que o terapeuta tem dos seus sentimentos e a sua expressão desses mesmos sentimentos.


No essencial, a terapia centrada no cliente é mais uma atitude do que um conjunto de técnicas ou comportamentos. No entanto, existem ainda muitos mitos quanto a este modelo de psicoterapia.


Um desses mitos refere-se ao facto de “este modelo de terapia ser um modelo passivo”. Isto resulta do facto de a empatia ser um conceito chave neste modelo. Ora, a empatia implicando a escuta e espaço para o cliente, o terapeuta pode parecer “passivo”. Mas, pelo contrário, escutar não é, de maneira alguma, uma actividade passiva; na verdade, escutar não só requer um grande esforço para captar o significado superficial das expressões do cliente, como também o significado profundo dessas mesmas expressões, para além de requerer um esforço permanente do terapeuta para evitar interferir com o processo do cliente. É curioso verificar que, muitas vezes, uma grande parte do nosso tempo numa sessão de psicoterapia é gasto em pensamentos acerca do problema dos clientes e em encontrar coisas para lhe dizer. Para além de tudo isto, escutar não implica estar completamente em silêncio: escutar implica que se vá aferindo a nossa compreensão e, ao fazer isso, comunicar ao cliente o nosso sucesso ou insucesso na compreensão. Isto é, escutar é um processo activo.

Um outro mito refere-se ao facto de “a psicoterapia centrada no cliente ser não-directiva”. Isto deve-se à influência dos primeiros escritos de Rogers que utilizava essa designação.

Os nossos objectivos

O principal objectivo da Sociedade Portuguesa de Psicoterapia Centrada no Cliente e Abordagem Centrada na Pessoa é o de formar psicoterapeutas na orientação rogeriana, tendo como princípios norteadores a herança “não-directiva” do psicólogo americano Carl Rogers. Quanto ao conceito de "directividade", o que se pode dizer é que este modo de intervenção é menos acentuado no nosso modelo do que na maior parte das outras formas de intervenção psicoterapêutica.

Paralelamente, a Sociedade propõe-se divulgar, pelas mais diversas formas, a Abordagem Centrada na Pessoa como fonte inspiradora de actuação pedagógica, organizacional, relacional e, até, como modo específico de estar na vida.

Caso pretenda candidatar-se à formação no modelo de terapia rogeriana, preencha a respectiva ficha de inscrição, clique aqui.

 

A Investigação que fazemos

A Sociedade Portuguesa de Psicoterapia Centrada no Cliente e Abordagem Centrada na Pessoa tem vindo a estimular os seus associados a desenvolverem investigação nesta área, tendo para tal um esquema de supervisão desses trabalhos disponível a todos os que pretendem enveredar por este caminho. 

 

A nossa estrutura


A Sociedade Portuguesa de Psicoterapia Centrada no Cliente e Abordagem Centrada na Pessoa é representada por uma Direcção, cuja constituição compreende a seguinte estrutura:

Presidente: Prof. Doutor João Marques Teixeira
Vice-Presidente: Dr. Samuel Antunes
Vogal Tesoureira: Dra. Elisa Vicente
Vogal Secretário: Dr. João Andrade Ribeiro
Vogal: Prof. Doutor Fernando Nogueira Dias

 

Para além deste Órgão, a Sociedade tem uma Assembleia-geral e um Conselho Fiscal que se reúne e delibera de acordo com os seus Estatutos oficialmente aprovados.

Para uma maior articulação das suas funções e eficácia no alcance dos seus objectivos, a Sociedade tem uma estrutura de segundo nível, que dá corpo aos valores e práticas que sustentam o modelo rogeriano de formação em psicoterapia:

Coordenador Pedagógico Geral
Coordenadores de Curso

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